quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

À favor da autenticidade

O que é ser autêntico?

Para começar de maneira bem metódica, vamos ver o que o nosso amigo Aurélio diz: au-tên-ti-co: adj. 1.Que é do autor a quem se atribui. 2. Fidedigno. 3.Que faz fé. 4.Autenticado. 5.De origem ou qualidade comprovada; genuíno, legítimo, verdadeiro.
Bom. Para os bons entendedores, eu já nem precisaria falar mais nada. Mas o fato é que eu gosto de falar, ou melhor, escrever. Então vou continuar meu raciocínio até concluí-lo. Acho que as pessoas autênticas merecem aplausos hoje em dia, porque a coisa mais RARA é achar alguém diferente. Alguém legítimo, verdadeiro. Certo ícone da moda compra uma bota rasgada com salto invertido, todos vão lá e compram a bendita bota. Este mesmo ícone fala que a moda agora é andar com a calcinha enfiada no rego e a barra da calça abaixo da nádega, mostrando tudo. Lá vão os retardados correndo comprar as calcinhas com deficiência de pano, para enfiar na bunda, e as calças sem barra, para usar do jeitinho que foi falado. Estapeiam-se nas lojas para ver quem pega a peça de roupa primeiro, passam rasteiras nas bancas para ver quem compra primeiro a tal revista que, na teoria, dá boas dicas sobre moda. Tudo para copiar fielmente o que nela está escrito, segui-la como uma bíblia. É tão patético. Seria engraçado para mim, se eu não achasse tão odioso. É claro que é legal se informar, eu também compro revistas de moda. Só que não lido com isso de modo religioso, como uma fanática cega que não vê mais nada à sua volta. Diria que de um modo saudável, leio revistas, sites, jornais, me interesso sobre o assunto. Mas há uma diferença aí: o que a maioria faz é seguir piamente o que é dito. O povo esquece de introduzir parte de si no que é sugerido. Toda informação recebida é filtrada em nosso cérebro, onde separamos o que concordamos com o que não concordamos, encaramos de um jeito apenas nosso, e por fim, colocamos parte de nós nesta informação. Não entendeu? Vamos ao modo metódico: no caso de uma revista de moda; compro a revista, leio, vejo fotos, reportagens. Em uma das reportagens, na parte "Shops", por exemplo, são ilustradas sugestões de blusas, saias e chapéus para o verão. Nas fotos, uma blusa azul, uma saia branca e um chapéu cru. Eu não vou levar a revista embaixo do braço para o shopping e comprar exatamente o que está ali na foto, simplesmente porque está. Alô, pessoal! Criatividade! Conhecem? Na reportagem ao lado, estão outras sugestões de cores para o verão como o amarelo, o laranja, o rosa. E então? Você coloca um pouco de você no que viu na reportagem, e compra a cor que VOCÊ gosta. E não a cor que a Kate Moss gosta, ou que a Adriana Lima usou em sua última ida à praia. A coisa mais abominável do mundo é copiar alguém, usar uma pessoa como fonte inspiradora. Eu sou completamente contra esse tipo de coisa. Como eu já disse em outro post, ninguém é igual a ninguém. Somos seres singulares, pelo amor de Deus! Você nunca vai ser igual à Gisele Bündchen, então para quê copiá-la? Por que não montar seu próprio estilo, com seus próprios gostos, do jeito que se sente bem e bonita? É claro, baseando-se nos conceitos de moda, sem problema nenhum. Podemos estar na moda sendo nós mesmas. Não se basear em ninguém, não se espelhar em ninguém, e não tentar ser algo que não somos. Apenas inspirar-se em si mesma e no que gosta. Isso é ser você, isso é ser autêntica. Seja legítima e não uma cópia barata. Use as sugestões de moda a seu favor, pense em você, somente em você. Esqueça a Kate Moss, a Misha Barton, a Naomi Campbell. Esqueça-as. Você é a personagem principal da sua vida, na sua novela particular. Brilhe sozinha. Funciona, confie em mim! Os aplausos dos que te admirarem serão muito mais sinceros.

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